Os Cinco Solas da Reforma
Declaração
de Cambridge
SOLA SCRIPTURA: A Erosão da Autoridade
Só a Escritura é a regra inerrante da
vida da igreja, mas a igreja evangélica atual fez separação entre a Escritura e
sua função oficial. Na prática, a igreja é guiada, por vezes demais, pela
cultura. Técnicas terapêuticas, estratégias de marketing, e o ritmo do mundo de
entretenimento muitas vezes tem mais voz naquilo que a igreja quer, em como
funciona, e no que oferece, do que a Palavra de Deus. Os pastores negligenciam
a supervisão do culto, que lhes compete, inclusive o conteúdo doutrinário da
música. À medida que a autoridade bíblica foi abandonada na prática, que suas
verdades se enfraqueceram na consciência cristã, e que suas doutrinas perderam
sua proeminência, a igreja foi cada vez mais esvaziada de sua integridade,
autoridade moral e discernimento.
Em lugar de adaptar a fé cristã para
satisfazer as necessidades sentidas dos consumidores, devemos proclamar a Lei
como medida única da justiça verdadeira, e o evangelho como a única proclamação
da verdade salvadora. A verdade bíblica é indispensável para a compreensão, o
desvelo e a disciplina da igreja.
A Escritura deve nos levar além de
nossas necessidades percebidas para nossas necessidades reais, e libertar-nos
do hábito de nos enxergar por meio das imagens sedutoras, clichês, promessas e
prioridades da cultura massificada. É só à luz da verdade de Deus que nós nos
entendemos corretamente e abrimos os olhos para a provisão de Deus para a nossa
sociedade. A Bíblia, portanto, precisa ser ensinada e pregada na igreja. Os
sermões precisam ser exposições da Bíblia e de seus ensino, não a expressão de
opinião ou de idéias da época. Não devemos aceitar menos do que aquilo que Deus
nos tem dado.
A obra do Espírito Santo na experiência
pessoal não pode ser desvinculada da Escritura. O Espírito não fala em formas
que independem da Escritura. À parte da Escritura nunca teríamos conhecido a
graça de Deus em Cristo. A Palavra bíblica, e não a experiência espiritual, é o
teste da verdade.
Tese 1: Sola Scriptura
Reafirmamos a Escritura inerrante como
fonte única de revelação divina escrita, única para constranger a consciência.
A Bíblia sozinha ensina tudo o que é necessário para nossa salvação do pecado,
e é o padrão pelo qual todo comportamento cristão deve ser avaliado.
Negamos que qualquer credo, concílio ou
indivíduo possa constranger a consciência de um crente, que o Espírito Santo
fale independentemente de, ou contrariando, o que está exposto na Bíblia, ou
que a experiência pessoal possa ser veículo de revelação.
SOLO CHRISTUS: A Erosão da Fé Centrada em Cristo
À medida que a fé evangélica se secularizou, seus interesses se confundiram com os da cultura. O resultado é uma perda de valores absolutos, um individualismo permissivo, a substituição da santidade pela integridade, do arrependimento pela recuperação, da verdade pela intuição, da fé pelo sentimento, da providência pelo acaso e da esperança duradoura pela gratificação imediata. Cristo e sua cruz se deslocaram do centro de nossa visão.
Tese 2: Solus Christus
Reafirmamos que nossa salvação é
realizada unicamente pela obra mediatória do Cristo histórico. Sua vida sem
pecado e sua expiação por si só são suficientes para nossa justificação e
reconciliação com o Pai.
Negamos que o evangelho esteja sendo
pregado se a obra substitutiva de Cristo não estiver sendo declarada e a fé em
Cristo e sua obra não estiver sendo invocada.
SOLA GRATIA: A Erosão do Evangelho
A Confiança desmerecida na capacidade humana é um produto da natureza humana decaída. Esta falsa confiança enche hoje o mundo evangélico – desde o evangelho da auto-estima até o evangelho da saúde e da prosperidade, desde aqueles que já transformaram o evangelho num produto vendável e os pecadores em consumidores e aqueles que tratam a fé cristã como verdadeira simplesmente porque funciona. Isso faz calar a doutrina da justificação, a despeito dos compromissos oficiais de nossas igrejas.
A Confiança desmerecida na capacidade humana é um produto da natureza humana decaída. Esta falsa confiança enche hoje o mundo evangélico – desde o evangelho da auto-estima até o evangelho da saúde e da prosperidade, desde aqueles que já transformaram o evangelho num produto vendável e os pecadores em consumidores e aqueles que tratam a fé cristã como verdadeira simplesmente porque funciona. Isso faz calar a doutrina da justificação, a despeito dos compromissos oficiais de nossas igrejas.
A graça de Deus em Cristo não só é
necessária como é a única causa eficaz da salvação. Confessamos que os seres
humanos nascem espiritualmente mortos e nem mesmo são capazes de cooperar com a
graça regeneradora.
Tese 3: Sola Gratia
Reafirmamos que na salvação somos
resgatados da ira de Deus unicamente pela sua graça. A obra sobrenatural do Espírito
Santo é que nos leva a Cristo, soltando-nos de nossa servidão ao pecado e
erguendo-nos da morte espiritual à vida espiritual.
Negamos que a salvação seja em qualquer
sentido obra humana. Os métodos, técnicas ou estratégias humanas por si só não
podem realizar essa transformação. A fé não é produzida pela nossa natureza
não-regenerada.
SOLA FIDE: A Erosão do Artigo Primordial
A justificação é somente pela graça, somente por intermédio da fé, somente por causa de Cristo. Este é o artigo pelo qual a igreja se sustenta ou cai. É um artigo muitas vezes ignorado, distorcido, ou por vezes até negado por líderes, estudiosos e pastores que professam ser evangélicos. Embora a natureza humana decaída sempre tenha recuado de professar sua necessidade da justiça imputada de Cristo, a modernidade alimenta as chamas desse descontentamento com o Evangelho bíblico. Já permitimos que esse descontentamento dite a natureza de nosso ministério e o conteúdo de nossa pregação.
Muitas pessoas ligadas ao movimento do
crescimento da igreja acreditam que um entendimento sociológico daqueles que
vêm assistir aos cultos é tão importante para o êxito do evangelho como o é a
verdade bíblica proclamada. Como resultado, as convicções teológicas
freqüentemente desaparecem, divorciadas do trabalho do ministério. A orientação
publicitária de marketing em muitas igrejas leva isso mais adiante, apegando a
distinção entre a Palavra bíblica e o mundo, roubando da cruz de Cristo a sua
ofensa e reduzindo a fé cristã aos princípios e métodos que oferecem sucesso às
empresas seculares.
Embora possam crer na teologia da cruz,
esses movimentos a verdade estão esvaziando-a de seu conteúdo. Não existe
evangelho a não ser o da substituição de Cristo em nosso lugar, pela qual Deus
lhe imputou o nosso pecado e nos imputou a sua justiça. Por ele Ter levado
sobre si a punição de nossa culpa, nós agora andamos na sua graça como aqueles
que são para sempre perdoados, aceitos e adotados como filhos de Deus. Não há
base para nossa aceitação diante de Deus a não ser na obra salvífica de Cristo;
a base não é nosso patriotismo, devoção à igreja, ou probidade moral. O
evangelho declara o que Deus fez por nós em Cristo. Não é sobre o que nós
podemos fazer para alcançar Deus.
Tese 4: Sola Fide
Reafirmamos que a justificação é
somente pela graça somente por intermédio da fé somente por causa de Cristo. Na
justificação a retidão de Cristo nos é imputada como o único meio possível de
satisfazer a perfeita justiça de Deus.
Negamos que a justificação se baseie em
qualquer mérito que em nós possa ser achado, ou com base numa infusão da
justiça de Cristo em nós; ou que uma instituição que reivindique ser igreja mas
negue ou condene sola fide possa ser reconhecida como igreja legítima.
SOLI DEO GLORIA: A Erosão do Culto Centrado em Deus
Onde quer que, na igreja, se tenha perdido a autoridade da Bíblia, onde Cristo tenha sido colocado de lado, o evangelho tenha sido distorcido ou a fé pervertida, sempre foi por uma mesma razão. Nossos interesses substituíram os de Deus e nós estamos fazendo o trabalho dele a nosso modo. A perda da centralidade de Deus na vida da igreja de hoje é comum e lamentável. É essa perda que nos permite transformar o culto em entretenimento, a pregação do evangelho em marketing, o crer em técnica, o ser bom em sentir-nos bem e a fidelidade em ser bem-sucedido. Como resultado, Deus, Cristo e a Bíblia vêm significando muito pouco para nós e têm um peso irrelevante sobre nós.
Onde quer que, na igreja, se tenha perdido a autoridade da Bíblia, onde Cristo tenha sido colocado de lado, o evangelho tenha sido distorcido ou a fé pervertida, sempre foi por uma mesma razão. Nossos interesses substituíram os de Deus e nós estamos fazendo o trabalho dele a nosso modo. A perda da centralidade de Deus na vida da igreja de hoje é comum e lamentável. É essa perda que nos permite transformar o culto em entretenimento, a pregação do evangelho em marketing, o crer em técnica, o ser bom em sentir-nos bem e a fidelidade em ser bem-sucedido. Como resultado, Deus, Cristo e a Bíblia vêm significando muito pouco para nós e têm um peso irrelevante sobre nós.
Deus não existe para satisfazer as
ambições humanas, os desejos, os apetites de consumo, ou nossos interesses
espirituais particulares. Precisamos nos focalizar em Deus em nossa adoração, e
não em satisfazer nossas próprias necessidades. Deus é soberano no culto, não
nós. Nossa preocupação precisa estar no reino de Deus, não em nossos próprios
impérios, popularidade ou êxito.
Tese 5: Soli Deo Gloria
Reafirmamos que, como a salvação é de
Deus e realizada por Deus, ela é para a glória de Deus e devemos glorificá-lo
sempre. Devemos viver nossa vida inteira perante a face de Deus, sob a
autoridade de Deus, e para sua glória somente.
Negamos que possamos apropriadamente
glorificar a Deus se nosso culto for confundido com entretenimento, se
negligenciarmos ou a Lei ou o Evangelho em nossa pregação, ou se permitirmos
que o afeiçoamento próprio, a auto-estima e a auto-realização se tornem opções
alternativas ao evangelho.
fonte: http://www.monergismo.com/textos/cinco_solas/cinco_solas_reforma_erosao.htm
fonte: http://www.monergismo.com/textos/cinco_solas/cinco_solas_reforma_erosao.htm
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